Falar de herança nem sempre é um assunto fácil. Mas quando envolve dinheiro aplicado, ações, fundos ou qualquer tipo de investimento, entender como tudo isso funciona legalmente pode evitar muita dor de cabeça — especialmente em momentos delicados. Sim, a burocracia brasileira é complexa, mas não impossível de decifrar.
No Brasil, os investimentos de uma pessoa falecida passam a integrar o espólio, ou seja, o conjunto de bens e dívidas deixados por ela. E esses ativos só podem ser transferidos aos herdeiros após o processo de inventário — judicial ou extrajudicial. Ou seja, não adianta querer sacar ou transferir algo de imediato, porque tudo precisa seguir os trâmites legais.
O que pouca gente sabe é que existem estratégias legais para facilitar essa transição. Alguns tipos de investimento, como previdência privada, por exemplo, podem não entrar no inventário — o que acelera (e muito) o processo de liberação para os beneficiários. Planejamento patrimonial não é só coisa de milionário, viu?
Neste artigo, vamos destrinchar o que a legislação brasileira prevê sobre investimentos e herança. E mais: como você pode se preparar (ou orientar sua família) para que os ativos financeiros sejam transmitidos de forma mais simples, legal e eficiente. Porque investir bem é importante… mas garantir que esse patrimônio seja bem transferido também é.
Investimentos fazem parte da herança? Sim, e exigem cuidado
Primeiro ponto: sim, todos os investimentos de uma pessoa — sejam eles em renda fixa, ações, fundos imobiliários ou até criptomoedas — entram no inventário. Isso significa que, legalmente, esses ativos só poderão ser acessados pelos herdeiros após a finalização desse processo, que pode levar meses (ou até anos, dependendo do caso).
E aí entra um detalhe crucial: durante o inventário, esses investimentos continuam existindo e até podem seguir rendendo, mas não podem ser movimentados. A corretora, o banco ou a plataforma onde estão aplicados bloqueia o acesso até que a partilha dos bens seja homologada. Isso evita disputas e garante a ordem jurídica.
Por isso, entender onde e como investir também é uma forma de pensar no futuro dos seus herdeiros. Se o seu plano é deixar um legado financeiro organizado, vale considerar formatos de aplicação que sejam mais fáceis de transferir — e que tenham regras mais claras em caso de falecimento. Existem opções mais acessíveis do que se imagina. Aliás, dá uma olhada em como investir 1 real 4 aplicativos para investir, porque até os pequenos valores entram no jogo da sucessão.
O papel da tecnologia no controle e sucessão patrimonial
Você já se perguntou como as instituições financeiras organizam e localizam os investimentos de alguém que faleceu? Esse é um ponto delicado — especialmente quando a pessoa não deixou um inventário claro ou um testamento. É aí que entra a tecnologia como aliada da organização patrimonial e da transparência entre instituições e herdeiros.
Hoje, corretoras e bancos contam com sistemas que rastreiam e mantêm o histórico das movimentações financeiras do cliente. Isso facilita não só a gestão dos ativos em vida, mas também o levantamento e o bloqueio dessas aplicações quando necessário. E, no caso de um inventário, essas informações são essenciais para montar o espólio completo.
Inclusive, os sistemas para corretoras desempenham um papel cada vez mais relevante nesse processo. Eles ajudam a identificar, registrar e transferir ativos com mais agilidade, garantindo segurança jurídica tanto para os herdeiros quanto para as instituições envolvidas.
Previdência privada e seguro de vida: entram na herança?
Essa pergunta é muito comum — e faz todo sentido. Afinal, quando falamos de investimentos, muitas pessoas consideram a previdência privada como parte de sua estratégia de longo prazo. Mas aqui vai a diferença: previdência privada do tipo VGBL e seguros de vida não entram no inventário. Isso mesmo. Esses produtos são pagos diretamente aos beneficiários, o que facilita — e muito — o processo sucessório.
Na prática, isso quer dizer que os valores podem ser recebidos em poucas semanas após a apresentação da documentação, sem necessidade de aguardar a conclusão do inventário. É um caminho eficiente pra quem quer garantir liquidez imediata para a família em um momento difícil.
Essa estratégia se encaixa bem com quem pensa em ganhar dinheiro na Internet e aplicar de forma planejada. Afinal, não basta acumular patrimônio — é importante também garantir que ele chegue rapidamente a quem precisa. E produtos como VGBL e seguros são ótimos nesse papel de agilidade e proteção sucessória.
Imposto sobre herança: o temido ITCMD
Agora vem uma parte que ninguém gosta, mas precisa entender: o ITCMD — Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação. Esse tributo é cobrado sobre a herança recebida e varia de estado para estado, podendo chegar a 8%. Sim, é um valor considerável, especialmente em grandes patrimônios.
No caso dos investimentos, esse imposto incide sobre o valor total dos ativos herdados. E para que os herdeiros tenham acesso aos recursos, o pagamento do ITCMD é uma das etapas obrigatórias no processo de inventário. Ou seja, mesmo com o dinheiro bloqueado, será preciso arcar com esse custo.
Existem estratégias para planejar isso, como criar uma reserva específica, contratar seguro de vida para cobrir o imposto, ou até antecipar doações em vida. Um bom planejamento patrimonial pode reduzir — ou pelo menos organizar — essa cobrança. E, para quem empreende ou divulga serviços, até um simples cupom google ads pode gerar receita extra pra manter os investimentos em dia.
Empresas familiares e ativos digitais: como herdar com segurança?
Outro ponto cada vez mais comum é a herança de empresas ou de ativos digitais. Hoje, muita gente possui negócios próprios, e-commerces, lojas virtuais ou até plataformas automatizadas de vendas. E sim, tudo isso entra na herança — mas com regras específicas e um pouco mais complexas.
É essencial que esses negócios estejam formalizados, com contratos sociais bem elaborados e estrutura jurídica clara. Se a empresa não estiver regularizada, os herdeiros podem enfrentar longos processos judiciais para reconhecer e dividir o valor desses ativos. E aí o “sonho” pode virar uma bela dor de cabeça.
Ferramentas como o mercado shop permitem criar negócios digitais com estrutura profissional — e isso facilita não só a operação diária, mas também a transmissão legal desses ativos no futuro. Se você está construindo algo próprio, pense nisso como parte da sua herança.
Testamento e planejamento sucessório: vale a pena?
A resposta é direta: sim, vale. E muito. Um testamento bem feito pode simplificar todo o processo de transferência de bens e investimentos. Ele não substitui o inventário, mas ajuda a deixar claro quem deve receber o quê — evitando brigas, interpretações erradas e disputas familiares. Às vezes, um simples documento muda tudo.
Além disso, o planejamento sucessório pode incluir a criação de holdings familiares, fundos exclusivos ou mesmo doações em vida com cláusulas de usufruto. Tudo isso tem base legal e permite uma distribuição mais eficiente do patrimônio, sem comprometer os direitos dos herdeiros legais.
É aquele famoso ditado: quem planeja, vive (e deixa) melhor. Pensar na herança não é ser pessimista — é ser responsável. E quanto antes começar esse plano, melhor será para todos os envolvidos. Investir não é só multiplicar, mas também garantir que esse fruto chegue com segurança a quem for colher.