Produção interna de marketing: riscos legais e prevenções

Por Parceria Jurídica

7 de maio de 2025

Cada vez mais empresas optam por montar suas próprias estruturas internas de marketing e criação. A ideia é simples: ganhar agilidade, cortar custos com fornecedores e manter tudo sob controle. Mas esse modelo, quando mal planejado, pode abrir espaço para riscos jurídicos sérios — e, muitas vezes, silenciosos.

Direitos autorais, contratos mal redigidos, vínculos trabalhistas disfarçados, uso indevido de imagem e licenças de softwares são apenas alguns dos pontos que merecem atenção. Neste artigo, abordamos os principais cuidados que empresas devem tomar ao estruturar sua produção criativa internamente.

 

Os principais riscos jurídicos da comunicação empresarial

  1. Direitos autorais sobre peças criativas: Quem criou o material? Quem detém os direitos? Muitas empresas assumem que tudo que o colaborador ou freelancer produz pertence à empresa — mas sem um contrato formal e cláusulas específicas, isso pode ser contestado judicialmente.
  2. Uso de bancos de imagem e fontes: O uso indevido de imagens, ícones, vídeos ou até mesmo tipografias comerciais sem licença pode gerar notificações, multas e processos por violação de propriedade intelectual.
  3. Relações de trabalho mascaradas: Quando a empresa contrata freelancers fixos, com horário e obrigações semelhantes a um funcionário, o vínculo empregatício pode ser reconhecido na Justiça do Trabalho. O custo disso pode ser altíssimo, retroativo e com impacto em passivos futuros.
  4. Uso de imagem sem autorização formal: Fotos e vídeos com pessoas reais exigem autorização expressa para uso comercial. Isso vale tanto para campanhas externas quanto para materiais internos.
  5. Softwares piratas ou sem licença comercial: O uso de ferramentas criativas sem licenciamento adequado pode gerar penalizações legais e bloqueio de sistemas — além de comprometer a segurança dos dados da empresa.

Esses riscos se amplificam quando a operação criativa não está bem documentada e organizada.

 

Contratos e propriedade intelectual: o que não pode faltar

Todo profissional que atua com produção criativa para sua empresa — seja CLT, PJ ou freelancer — deve assinar contratos que deixem claro:

  • A titularidade dos direitos sobre os materiais produzidos;
  • O escopo de uso das imagens, textos e vídeos;
  • As obrigações de confidencialidade;
  • Os limites de uso da marca;
  • Os termos de rescisão e responsabilidades por descumprimento.

Para evitar retrabalhos legais no futuro, é fundamental que esses documentos estejam alinhados ao tipo de entrega criativa feita pela empresa — seja design, vídeo, apresentações institucionais ou desenvolvimento de conteúdo.

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Compliance na operação criativa

Além de contratos, empresas com estrutura interna de marketing precisam implantar noções básicas de compliance criativo:

  • Políticas de uso de imagem, fontes, trilhas e bancos de mídia;
  • Treinamentos sobre propriedade intelectual e direitos autorais;
  • Sistemas de gestão que organizem revisões e aprovações;
  • Centralização de arquivos e histórico de entregas;
  • Checklist jurídico para campanhas de maior visibilidade.

Esses cuidados ajudam a prevenir litígios e dão respaldo legal caso a empresa precise se defender em processos futuros.

 

O custo oculto dos erros jurídicos em marketing

Processos judiciais por uso indevido de imagem ou reconhecimento de vínculo trabalhista podem gerar indenizações altas, multas e perda de reputação. E mesmo quando não há condenação, o simples fato de enfrentar uma ação já representa desgaste e custo.

Empresas que tratam o marketing com profissionalismo precisam entender que a produção criativa também envolve aspectos legais. Não se trata apenas de estética ou performance — mas de estrutura e segurança operacional.

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O papel de soluções profissionais nesse cenário

Nem toda empresa está pronta para estruturar um departamento criativo interno completo com segurança jurídica. Por isso, muitas optam por modelos híbridos ou terceirizados.

Ferramentas como o Formi — agência criativa, por exemplo, permitem que a empresa tenha acesso a um time sênior, com contratos formais, entregas documentadas e gestão por plataforma — reduzindo os riscos legais sem abrir mão de produtividade.

Ao usar um modelo de contratação de serviços criativos, a empresa mantém sua estratégia com o marketing interno, mas transfere os pontos críticos da operação (entregas, criação, controle de prazo) para uma estrutura com menor exposição jurídica.

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Quando vale a pena terceirizar a produção

Você deve considerar um modelo terceirizado ou híbrido quando:

  • Sua equipe interna está sobrecarregada com tarefas operacionais;
  • Há alto volume de retrabalho por desalinhamento ou ausência de processos;
  • Você precisa de escala sem ampliar o time fixo;
  • A empresa não possui estrutura jurídica madura para lidar com contratos complexos;
  • O uso de freelancers gera insegurança jurídica recorrente.

Nesses casos, a terceirização estratégica pode gerar mais economia e segurança do que montar uma equipe in-house mal estruturada.

 

Conclusão

Antes de ampliar sua produção criativa interna, avalie os riscos. Um bom jurídico aliado a processos bem definidos e contratos sólidos são indispensáveis para proteger sua empresa. Segurança jurídica também é parte da eficiência criativa.

E se a ideia for escalar a produção com mais proteção, soluções com operação criativa estruturada e respaldo legal podem ser o caminho mais inteligente.

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