O que um site jurídico precisa além da OAB?

Por Parceria Jurídica

29 de maio de 2025

Quando um advogado decide criar um site, a primeira dúvida geralmente é: “Será que posso divulgar meus serviços assim?” E a resposta é: sim, mas com muitas ressalvas. O Código de Ética da OAB impõe limites rigorosos à publicidade na advocacia — e isso inclui desde o tipo de conteúdo até a forma como o site é apresentado. Ou seja, não é só contratar alguém pra programar e sair colocando depoimentos, ofertas ou palavras como “o melhor da cidade”.

Mais do que simplesmente cumprir regras, um site jurídico precisa transmitir confiança. Ele deve falar a linguagem certa, com clareza e autoridade, sem parecer frio ou genérico demais. E é aí que entra a importância de um projeto personalizado, pensado para o perfil do advogado ou do escritório — e não um modelo pronto, que serve pra qualquer área.

Além disso, um site jurídico precisa funcionar bem tecnicamente. Isso inclui velocidade, adaptação ao celular, estrutura organizada e acessibilidade. É a soma de detalhes técnicos e sensibilidade de linguagem que forma um site que gera resultado e, ao mesmo tempo, respeita o posicionamento ético e institucional da advocacia.

A seguir, vamos ver o que diferencia um site jurídico bem-feito daqueles que só estão “cumprindo tabela”. Vamos falar de experiência, posicionamento, navegação, segurança e — claro — de como a criação de site para advogados exige uma abordagem muito específica, que vai além da estética ou da programação comum.

 

Credibilidade acima de tudo

Num site jurídico, cada palavra e cada elemento visual precisa reforçar um valor central: confiança. A pessoa que procura um advogado está geralmente diante de um problema delicado — pessoal, financeiro ou criminal. Isso significa que o site precisa transmitir autoridade, mas sem arrogância. Clareza, mas sem simplismo. Formalidade, mas sem parecer distante.

A criação de sites para advogados exige sensibilidade com os termos utilizados. Nada de chamadas comerciais agressivas ou expressões apelativas. É preciso adotar uma linguagem sóbria, direta, que mostre competência — e, ao mesmo tempo, acolha a dor do visitante com empatia.

Outro ponto importante é o design. Esquemas de cores, fontes e fotos devem refletir profissionalismo. Isso não significa que o site precise ser todo cinza ou sem personalidade — mas precisa passar a sensação de estabilidade, de experiência e de compromisso ético.

 

Usabilidade para facilitar o contato

De nada adianta um site bonito se o usuário não encontra o que precisa. Um bom site jurídico precisa ser funcional, intuitivo e oferecer meios simples de contato — sem exageros ou janelas invasivas. Formulários, botões de WhatsApp e menus devem ser fáceis de acessar, especialmente no celular.

Uma criação de site de advogado eficiente pensa nos detalhes: tamanho dos botões, textos explicativos, páginas com loading rápido, acessibilidade para deficientes visuais. Tudo isso conta pontos — tanto para a experiência do usuário quanto para o ranqueamento nos mecanismos de busca.

Além disso, a estrutura do site deve ser clara. Nada de páginas escondidas ou conteúdos soltos. O visitante precisa entender rapidamente o que o escritório oferece, quais áreas atende e como entrar em contato. Um bom site encurta o caminho entre o problema do cliente e a solução jurídica proposta.

 

Conteúdo que informa, mas não promete

É comum que advogados queiram usar o site para mostrar conhecimento — e isso é ótimo. O problema é quando o conteúdo começa a fazer promessas ou criar falsas expectativas. O Código de Ética proíbe expressamente anúncios que ofereçam garantias de resultado, promoções ou comparações com outros profissionais.

A criação de sites de advogados precisa equilibrar marketing de conteúdo com ética profissional. Isso significa criar artigos, responder dúvidas comuns e publicar materiais que eduquem o público — sem transformar o site num catálogo comercial. Informação, e não autopromoção, é a chave.

Inclusive, um bom conteúdo é uma forma legítima e eficaz de atrair visitas por meio do SEO. Ao escrever sobre temas relevantes — como pensão alimentícia, inventário, contratos, LGPD — o advogado pode ser encontrado por quem realmente precisa daquele serviço, sem infringir as normas da OAB.

 

Segurança e privacidade de dados

Advocacia lida com dados sensíveis. Isso significa que o site precisa ter níveis elevados de segurança — tanto na hospedagem quanto nos formulários e sistemas de contato. Usar HTTPS, aplicar criptografia nos envios e ter políticas claras de privacidade são cuidados obrigatórios.

Qualquer falha nesse aspecto pode colocar em risco informações dos clientes — e também a reputação do escritório. Por isso, a criação de site para advogados exige atenção técnica e atualização constante de plugins, temas e sistemas de gerenciamento de conteúdo.

Além da segurança digital, também é importante sinalizar para o usuário como os dados coletados serão usados. O site deve exibir uma política de privacidade visível, alinhada à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), especialmente se houver captação de e-mails ou uso de cookies.

 

Conformidade com o Código de Ética da OAB

Talvez o maior desafio ao criar um site jurídico seja justamente este: não infringir nenhuma regra da OAB. E não são poucas. Desde 2015, o Provimento 205 orienta como os advogados podem atuar na internet, e as restrições são específicas — inclusive sobre cores, imagens e formas de abordagem ao público.

É proibido usar depoimentos de clientes, exibir números de processos ganhos, incluir chamadas apelativas ou induzir o visitante ao erro. A linguagem deve ser sóbria, a identidade visual discreta e as informações claras. Tudo isso precisa ser pensado na criação de sites para advogados, desde o layout até o conteúdo.

O ideal é trabalhar com uma equipe que já tenha experiência nesse tipo de projeto. Isso evita retrabalho, desgaste com a OAB e, principalmente, garante que o site esteja não apenas bonito e funcional — mas também legalmente adequado.

 

Atualização e posicionamento contínuos

Um erro comum é achar que o site, depois de publicado, pode ser “esquecido”. Na prática, é o contrário: o site precisa ser alimentado, monitorado e ajustado com frequência. Especialmente porque os algoritmos de busca mudam, e os conteúdos também envelhecem com o tempo.

Atualizar o blog com temas atuais, revisar textos antigos, ajustar palavras-chave e melhorar a velocidade são ações que mantêm o site competitivo. A criação de site de advogado não termina no lançamento — ela se prolonga em um ciclo constante de melhoria.

E isso impacta diretamente na presença digital do profissional. Um site ativo, bem posicionado no Google e com conteúdo de valor reforça a imagem do advogado como autoridade — sem precisar apelar para estratégias publicitárias invasivas ou proibidas.

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