As cláusulas que você ignora ao contratar crédito pessoal

Por Parceria Jurídica

16 de junho de 2025

Vamos ser sinceros: quantas vezes você já assinou um contrato sem ler tudo? Pois é… quando o assunto é crédito pessoal, esse comportamento pode sair caro. O contrato de empréstimo, seja consignado ou tradicional, vem recheado de cláusulas — e muitas delas passam batido. A linguagem jurídica, os termos técnicos e até o formato do documento desestimulam a leitura. Mas isso não é desculpa pra ignorar o conteúdo.

Assinar sem entender é correr o risco de se surpreender com encargos, penalidades ou restrições no futuro. E aqui estamos falando de algo que impacta diretamente o seu bolso. Especialmente no caso de contratos com bancos grandes, como o Banco do Brasil, onde as condições são padronizadas, mas com nuances que exigem atenção.

Algumas cláusulas falam sobre taxas que podem mudar, outras preveem situações de inadimplência e até cobranças judiciais. E tem mais: em muitos casos, existe a possibilidade de contratação de produtos adicionais, como seguros embutidos — algo que, se não for percebido logo, vira uma despesa inesperada.

A seguir, vamos explorar as cláusulas mais ignoradas em contratos de empréstimo banco do brasil — e mostrar por que ler, questionar e entender cada ponto pode te livrar de dores de cabeça lá na frente.

 

Taxas variáveis e reajustes escondidos

Muita gente acha que, ao contratar um empréstimo, a taxa de juros é fixa do começo ao fim. Mas isso nem sempre é verdade. Existem contratos — principalmente os de longo prazo — que preveem reajustes em caso de mudanças econômicas. Pode estar ali, bem pequenininho, dizendo que a taxa poderá variar conforme o CDI, a Selic ou até o risco de mercado.

No momento da contratação, você vê uma taxa “bonita”, acessível. Mas o contrato diz que ela pode ser revisada. Isso não é comum em crédito pessoal curto, mas pode aparecer em propostas mais complexas. O problema é que muita gente nem se dá ao trabalho de verificar isso. Já na hora de simular empréstimo banco do brasil., esse tipo de detalhe dificilmente é mostrado com destaque.

O ideal é buscar contratos com taxas pré-fixadas — que garantem a previsibilidade. Se a taxa for pós-fixada ou sujeita a variações, questione como será feita essa atualização e quais os limites máximos de aumento. Tudo isso deve constar por escrito. E não vale aceitar resposta verbal do gerente, hein?

Entender isso é fundamental para evitar aquela sensação de “fui enganado” depois de algumas parcelas. A taxa muda, o valor cresce, e o orçamento aperta sem aviso prévio.

 

Cláusulas de antecipação e quitação antecipada

Você sabia que pode quitar seu empréstimo antes do prazo? Sim, e isso está previsto em lei. Mas… o que pouca gente sabe é que alguns contratos colocam barreiras disfarçadas pra isso. Em vez de facilitar a quitação, dificultam. Como? Com cobrança de tarifas, ausência de descontos proporcionais ou exigência de aviso prévio extenso.

Em contratos de crédito pessoal, é comum a previsão de quitação antecipada com desconto proporcional dos juros futuros. Mas se o contrato estiver mal redigido, isso não fica claro. E aí o banco pode se recusar a conceder o desconto, alegando cláusulas específicas — que você não leu ou não entendeu.

No caso do empréstimo consignado banco do brasil, as regras de quitação antecipada são mais claras e rígidas, já que essa modalidade é regulada por normas do INSS e outros órgãos públicos. Mas, mesmo assim, é importante verificar como esse processo será feito e se há exigência de solicitação formal com antecedência.

Se você tem a intenção de antecipar o pagamento — ou se existe a possibilidade disso no seu planejamento —, vale prestar muita atenção nessa parte do contrato. Pode fazer diferença de centenas ou milhares de reais.

 

Multas e encargos em caso de atraso

Essa é clássica — e, ao mesmo tempo, subestimada. O que acontece se você atrasar uma parcela? Quase ninguém lê essa cláusula, mas ela define os juros de mora, a multa por atraso e, às vezes, até a taxa de permanência. E sim, algumas instituições ainda cobram tudo junto, o que pode fazer a dívida crescer bem rápido.

É importante olhar não só o percentual, mas também como ele é calculado. Há contratos que aplicam juros diários sobre o valor em aberto, acumulando rapidamente. E isso tudo costuma estar escondido em dois ou três parágrafos técnicos, que o cliente raramente entende — ou se dá o trabalho de tentar entender.

No crédito pessoal banco do brasil, geralmente esses encargos seguem os padrões do mercado, mas é sempre bom confirmar. Às vezes, o contrato permite que o banco renegocie a dívida com acréscimos extras — e isso pode ser ativado automaticamente em caso de inadimplência.

Por isso, a dica aqui é: mesmo que você esteja contratando com segurança, leia essa parte com atenção. Imprevistos acontecem — e saber o tamanho da bomba antes de ela explodir pode salvar seu orçamento mais pra frente.

 

Serviços adicionais embutidos no contrato

Sabe aquele seguro que você não lembra de ter contratado, mas que aparece no extrato? Pois é, muitas vezes ele está lá no contrato de crédito, em letras pequenas. Pode ser um seguro de proteção financeira, um título de capitalização, ou até um “pacote de vantagens” que, na prática, você nunca usa.

Esses serviços são oferecidos como “complementos” que teoricamente protegem o cliente em caso de morte, invalidez ou desemprego. E, em muitos casos, são cobrados mensalmente nas parcelas do empréstimo — o que encarece o contrato sem que o cliente perceba.

No caso de produtos como o empréstimo com cashback, por exemplo, pode haver exigência de contratação conjunta com um desses serviços para liberar o bônus. Isso não é ilegal — mas precisa estar muito claro para o cliente. E, convenhamos, quase nunca está.

Por isso, antes de assinar, peça um contrato sem produtos acoplados e veja o valor total com e sem os adicionais. Você tem o direito de recusar qualquer serviço que não seja obrigatório. E, se já contratou e percebeu depois, vale questionar e até pedir o cancelamento.

 

Renovação automática e refinanciamento embutido

Mais uma armadilha silenciosa: a possibilidade de renovação automática do contrato ou refinanciamento embutido. Algumas cláusulas permitem que o banco “renove” o crédito quando você solicita mais um valor, usando o saldo já pago como base — mas sem renegociar totalmente as condições anteriores.

Isso pode gerar um efeito bola de neve: você acha que está pegando um crédito novo, mas na verdade está refinanciando o antigo com juros sobre juros. E o pior: em muitos contratos, essa operação não exige nova assinatura — só um aceite digital.

No Banco do Brasil, essa prática é oferecida em determinadas linhas pré-aprovadas, especialmente para quem tem bom histórico. Mas nem sempre a explicação é clara. A cláusula que permite isso fica escondida em meio aos termos gerais, e muita gente aceita sem entender o impacto a longo prazo.

Fique atento a palavras como “renovação automática”, “repactuação” ou “refinanciamento de saldo devedor”. Quando aparecerem no contrato, é hora de parar, respirar e ler com calma. Pode ser uma vantagem — ou uma armadilha, dependendo do contexto.

Leia também: