Entupimento causado por terceiros: de quem é a responsabilidade?

Por Parceria Jurídica

4 de julho de 2025

Imagine a cena: você acorda, vai ao banheiro e… surpresa! Água voltando pelo ralo, mau cheiro, sujeira. Seu primeiro impulso é pensar em como resolver, certo? Mas, depois do susto, vem a pergunta inevitável: “Quem vai pagar por isso?”. E se o entupimento tiver sido causado por outra pessoa — um vizinho, um inquilino ou até um visitante — como a responsabilidade é definida?

Esse tipo de situação é mais comum do que parece, principalmente em condomínios ou imóveis alugados. E, acredite, a definição de culpa pode virar uma baita dor de cabeça. O problema é que, no calor do momento, muita gente resolve tudo no impulso e só vai descobrir os direitos e deveres legais quando o prejuízo já está feito.

A legislação brasileira até tem algumas diretrizes sobre esse tipo de responsabilidade, mas a verdade é que, na prática, cada caso exige análise específica. Entra o contrato de aluguel, o regimento interno do condomínio, provas do ocorrido, entre outras variáveis. Ou seja: não é preto no branco, é uma área meio cinzenta onde o bom senso e o diálogo fazem toda a diferença.

Neste artigo, vamos desmembrar os principais cenários envolvendo entupimentos causados por terceiros e quem, afinal, deve arcar com os custos — inclusive quando é necessário contratar uma desentupidora para resolver o problema. Porque sim, entender isso antes do problema surgir pode evitar conflitos desnecessários e prejuízos evitáveis.

 

Entupimento em imóveis alugados: locador ou locatário?

Essa é clássica. Quando o entupimento acontece em um imóvel alugado, muitos locadores já apontam o dedo: “o inquilino usou, o inquilino paga!”. Mas será mesmo? Pela lei, o inquilino é responsável pela manutenção do imóvel durante a vigência do contrato — o que inclui eventuais entupimentos causados por mau uso. Mas isso não quer dizer que todo problema seja culpa dele.

Se o entupimento for causado por desgaste natural da tubulação, má instalação, falha estrutural ou algo que já existia antes da locação, a responsabilidade volta para o proprietário. É aí que entra a importância de um laudo ou avaliação técnica — e o quanto antes, melhor. Muitas vezes, só uma vistoria de entrada mal feita já embaralha toda essa responsabilidade.

O diálogo aqui é essencial. Se o locatário contrata uma desentupidora e o laudo indica que o problema é estrutural, ele pode exigir reembolso. Caso contrário, o custo fica com ele mesmo. Para evitar disputas, muita gente prefere acionar uma desentupidora sp que emita um relatório técnico — documento que ajuda muito em negociações futuras ou até numa eventual ação judicial.

 

Condomínios e áreas comuns: onde termina a sua responsabilidade?

Nos condomínios, o cenário é ainda mais delicado. Ralos entupidos, retorno de esgoto, vasos transbordando — tudo pode ser consequência de um único problema na tubulação coletiva. A dúvida, claro, é sempre a mesma: a culpa é do morador ou do condomínio? A resposta depende de onde está o entupimento.

Se o entupimento for em uma tubulação interna do apartamento, o morador é o responsável. Agora, se estiver em uma prumada (aquelas tubulações verticais compartilhadas entre os andares), o problema passa a ser do condomínio. Aí quem arca com o custo é a coletividade, e o síndico deve providenciar o serviço imediato — inclusive por questões sanitárias.

Para evitar esse empurra-empurra, muitos prédios já incluem no regimento interno uma cláusula sobre manutenção periódica das redes. E, quando há dúvida sobre a origem do problema, o ideal é contar com empresas que façam diagnóstico preciso. Uma desentupidora de ralo com câmera de inspeção, por exemplo, pode mostrar exatamente onde está o bloqueio — e assim definir de quem é a responsabilidade sem achismo.

 

Quando o entupimento é causado por visitantes ou prestadores de serviço

Já pensou em chamar uma festa, e um dos convidados joga papel no vaso ou gordura na pia? Pode parecer exagero, mas situações assim acontecem. E não são raras. Prestadores de serviço também podem causar danos acidentais — como um encanador que esquece de vedar corretamente um cano, ou um faxineiro que joga substâncias inadequadas pelo ralo.

Nesses casos, a responsabilidade recai sobre o morador que recebeu essas pessoas. Pela lei, quem tem a posse do imóvel responde pelos atos dos terceiros que autoriza a entrar. Então, se o problema aparece logo após a visita, é difícil transferir a culpa. Por isso, vale sempre a pena orientar prestadores e explicar os cuidados básicos com a rede hidráulica da casa.

Agora, se houver danos relevantes e for possível comprovar que o problema foi causado por ação de terceiros — como uma câmera mostrando o entupimento por objeto descartado — o morador até pode tentar reembolso judicial. Mas o processo costuma ser lento. Muitas vezes, vale mais a pena resolver com agilidade, chamando uma desentupidora de vaso sanitário que resolva o estrago e siga em frente.

 

Casos em que o entupimento afeta outros imóveis

Agora complica mais um pouco. E se o entupimento de um apartamento causar retorno de esgoto em outro? Ou se o morador do andar de cima joga gordura no ralo e, dias depois, o vizinho de baixo percebe infiltrações na parede? Quando há mais de um imóvel envolvido, o cenário vira um campo minado jurídico — e emocional.

O primeiro passo aqui é comprovar a origem do problema. Relatórios técnicos, imagens de câmeras e registros de manutenção ajudam a mostrar se o dano foi causado por falha no seu imóvel ou por terceiros. Se ficar comprovado que o vizinho causou o entupimento, ele pode ser responsabilizado pelo prejuízo — inclusive via ação judicial de indenização.

O ideal é tentar resolver a situação de forma amigável. Mas se isso não for possível, é importante ter um parecer técnico. Uma desentupidora de esgoto que forneça documentação pode fazer toda a diferença na hora de definir quem deve pagar pelos danos causados no imóvel vizinho.

 

Contratos e cláusulas que definem responsabilidades

Muita coisa se resolve — ou se complica — com base no contrato. Em imóveis alugados, é essencial ler com atenção as cláusulas que falam sobre manutenção e conservação. Em condomínios, o regimento interno e a convenção do prédio têm peso jurídico. Tudo isso ajuda a entender quem deve pagar pelo quê.

Alguns contratos de locação já trazem cláusulas específicas sobre entupimentos e até a obrigatoriedade de apresentar nota fiscal de serviço para reembolso. Em prédios, o síndico pode ter autonomia para contratar serviços de emergência sem aprovação prévia — mas precisa justificar e documentar.

Por isso, tanto proprietários quanto inquilinos devem guardar comprovantes de serviços prestados, datas de ocorrências e até mensagens trocadas sobre o assunto. Isso tudo pode servir como prova caso a situação escale para uma disputa formal. E, claro, contar com uma empresa que forneça laudo técnico ajuda muito nessa hora.

 

Como prevenir conflitos e responsabilizações indevidas

Por fim, a melhor forma de lidar com entupimentos causados por terceiros é a prevenção. Investir em manutenção periódica, orientar moradores e prestadores de serviço, evitar descartes inadequados… tudo isso evita que o problema chegue ao ponto de gerar discussão ou prejuízo financeiro.

Outro ponto importante é a comunicação. Se você perceber algo estranho, como cheiro de esgoto ou lentidão no ralo, avise imediatamente. No condomínio, fale com o síndico. No aluguel, entre em contato com o proprietário. Documentar tudo por escrito — com fotos e horários — ajuda a registrar o histórico e evitar injustiças.

E, claro, contar com profissionais capacitados sempre faz diferença. Uma inspeção preventiva com câmera, feita por uma desentupidora experiente, pode evitar não só o entupimento, mas também aquele famoso “jogo de empurra” que só piora a situação. Porque, no fim, ninguém quer pagar pelo erro dos outros — muito menos quando a culpa nem era sua.

Leia também: